Pare um Pouco! Vamos falar sobre Produtividade e Burnout?

Gestão de tempo, otimização dos processos, pro atividade, fazer network, “trabalhar enquanto eles se divertem” e etc. Todas essas expressões e métodos tem algo por trás: um imperativo frenético, veloz e incessante de produtividade, em que somos convidados a produzir mais e mais sem nenhum freio.

Não só no ambiente corporativo, como também cada vez mais em outros meios da vida – principalmente sob influência dos conteúdos das redes sociais que somos bombardeados todos os dias – há um culto à alta performance e uma glamourização de rotinas sobre-humanas para atingir o corpo perfeito, um currículo invejável ou aquela promoção dos sonhos. 

Em 2016, em uma matéria ao El País, a jornalista Eliane Brum disse que a consequência dessa lógica doentia é que nós ficamos exaustos, mas continuamos tentando alimentar essa produtividade maluca seja pela culpa de não estar fazendo algo ou pelo prazer de estar mais uma vez preenchendo todo o tempo livre disponível. O fim não poderia ser outro: adoecemos.

Já ouviu falar de Burnout? Também conhecido como Síndrome do Esgotamento Profissional, o Burnout é um transtorno caracterizado pelo esgotamento físico e mental ligado fortemente a elementos ocupacionais. Entre os sintomas que se apresentam estão depressão, crises de ansiedade, fadiga e insônia. Esse transtorno pode ser o resultado de alguém submetido a essa lógica.

Cada vez mais tem se dado atenção à saúde mental, principalmente dentro do trabalho – e não sem motivos, já que esse ocupa boa parte do tempo de nossas vidas. Organizações e entidades de saúde ao redor do mundo vêm reconhecendo a importância do lazer, da existência de um hobbie e atividades que tragam um tempo de qualidade fora dessa lógica de produção. Então que tal criar políticas organizacionais com metas e prazos mais reais? Respeitar seriamente as separações entre vida profissional e pessoal? Ou passar um tempo maior com os amigos e família? Reservar um tempo verdadeiramente para si é fundamental. Caso não tenha se sentido bem, se atente a isso e procure ajuda.

Escrito por: Gabriel Lucas Bessa – Assessor de Qualidade