Masculinidade Tóxica: um recorte do cotidiano feminino empresarial

Masculinidade Tóxica: um recorte do cotidiano feminino empresarial

A masculinidade tóxica é uma das principais consequências de um processo sociocultural extremamente danoso, não apenas à sociedade como um todo, mas também ao indivíduo, por perpetuar ideias nocivas aos direitos humanos que irão impactar o desenvolvimento intelectual do indivíduo. Ao longo deste texto, buscaremos abordar algumas razões para contrapor tal comportamento, bem como suas consequências e metodologias para tal.

Extensão

Antes de falar sobre a temática, se torna necessário ressaltar, que a profundidade e complexidade desta não poderiam ser abordadas integralmente em um simples texto, por isso, esse tema será formado por uma série de textos aqui no blog. Hoje ressaltaremos seu o seu histórico, bem como impactos no cotidiano feminino nas empresas.

Origem

A disseminação da masculinidade como adjetivo se dá a partir do patriarcado, um problema que assola a humanidade em diferentes proporções desde que se iniciou. Ele define que palavras como força, insensibilidade, virilidade e capacidade estão diretamente associadas à masculinidade. Não é necessário pensar muito para identificar o quão errada é tal associação.

Historicamente, o termo patriarcado tem origem no grego e significa “regra do pai”, sendo definido por organização autocrática chefiada pelo pai.

Impactos

Obviamente não podemos citar um único grupo que seja vítima dessa temática. Entretanto, o recorte a ser feito neste texto será sobre suas consequências para as mulheres. Dente os fatores, podemos citar seus direitos sendo violados em múltiplas instâncias, não apenas pela relação de senso de superioridade masculina inferido pelo patriarcado, mas também, por atos hediondos que têm sua origem ideológica pautada nele.

No ambiente de trabalho não é diferente. A masculinidade tóxica pode culminar em situações que vão desde o assédio sexual e moral até o não reconhecimento de capacidade alheia, além de questões como cassação do direito de expressão, menores salários, competições desnecessárias, repúdio quanto à maternidade e inúmeros problemas com diferentes gravidades. Certamente é algo que por ferir os direitos básicos também irá impactar em resultados.

Direito de expressão

Um dos pontos de relevância sobre essa discussão é referente à questão da fala e da expressão. Termos como manterrupting, bropriating, gaslighting e mansplaining devem fazer parte do vocabulário do ambiente corporativo para combate à sua prática.

Manterrupting está associado à interrupção da mulher, de maneira desnecessária, não permitindo que ela consiga concluir sua frase.

Mansplaining faz relação à explicação de algo óbvio, por parte de um homem, a uma mulher, como se ela não compreendesse tal deliberação.

Bropriating é quando um homem se apropria da mesma ideia já expressa por uma mulher, levando os créditos por ela.

Gaslighting é um tipo de abuso psicológico que leva a mulher a achar estar equivocada sobre um assunto, mesmo estando certa. Este é um modo de fazer ela duvidar do seu senso crítico, memórias e percepções.

Assim, não apenas exija ter cada vez mais mulheres ocupando cargos no ambiente empresarial. Busque, ainda, explicar sobre as interrupções, apropriações e abusos que elas estão expostas.

Posições de liderança

É essencial entender que mulheres também são capazes de ocupar cargos de liderança. Uma pesquisa do IBGE de 2018 sinaliza que o número de mulheres nestas posições caiu em 4 anos de 40% (número já muito baixo) para 38%, o que sinaliza um agravamento dos problemas envolvendo o patriarcado e a masculinidade tóxica. Neste sentido, trazer para o debate questões sobre o silenciamento da mulher, mesmo na liderança, perante aos homens é algo essencial.

Campanhas

Para que essas proposições possam ocorrer, uma prática que deveria se tornar obrigatória em todos os âmbitos são as campanhas que visam promover uma autocrítica dos homens diante das questões abordadas. Atualmente, muitos deles, ainda que se expressem publicamente contra, apresentam atitudes ou pensamentos alinhados ao patriarcado. É obrigação dos homens conversar sobre tal temática e impor mudanças diárias em suas atitudes, tendo como objetivo expandir a conscientização sobre tais problemas e apoiar mudanças necessárias.

A RH Jr. traz consigo treinamentos, workshop e projetos visando a conversa e explicação de práticas do ambiente organizacional. Para mais informações, veja os nossos serviços prestados.

 

Revisão: Amanda Rodrigues – Diretora de Marketing

Rafael Silva – Assessor de criação de conteúdo.