Lidando com desconhecido no ambiente organizacional
Um outlier, representa os dados espúrios em uma amostra estatísticas, de forma mais clara, é um dado que está fora do âmbito das expectativas comuns, nada no passado pode apostar convincentemente para a sua possibilidade.
No entanto, temos uma tendência a desenvolver explicações para sua ocorrência após o evento, tornando-o explicável e previsível, uma ilusão de compreensão.
A incapacidade de se prever o desconhecido, implica na incapacidade de prever o futuro, portanto, precisamos nos ajustar à sua existência, em vez de tentar prevê-los.
Estamos no fim de 2021, quase 2 anos desde que o COVID-19, esse evento anormal e imprevisível, instaurou o “novo normal” e, desde então, vemos as mais diversas opiniões sobre sobre quais mudanças vão persistir, ou não, falsos gurus, com suas falsas crenças, convencidos de que compreendem o que está acontecendo.
Em momentos decisivos como este, ter um bom clima organizacional, é fundamental para capacidade adaptativa das organizações, que expostas a ambiente caracterizado por contínuas alterações, necessitam de mudanças capazes de assegurar a permanência das organizações, desenvolvendo o processo de constante ajuste ao ambiente.
Para isso, é necessário a formulação de estratégias capazes de promover as adaptações necessárias e fornecer o diferencial desejado por tais organizações.
A melhor forma de lidar com o risco é desenvolver uma política de risco aplicada rotineiramente sempre que um problema relevante surge, e não raramente, os gestores se deparam com situações problemáticas.
E por que fazer isso?
Evolutivamente o cérebro de humanos e outros animais contém um mecanismo que é projetado para dar prioridade a notícias ruins, desenvolver uma política de risco é contar menos com um planejamento estruturado para cada tipo de risco, e focar no máximo de experimentação e reconhecimento das oportunidades quando elas surgem.
Isso não significa não se planejar, mas sim estar aberto a adaptações, é perceber, processar e responder ao ambiente instável e promover a adaptação da organização.
Escrito por: Guilherme Alcântara, membro efetivo.
Indicações de leitura sobre o assunto: Taleb, N. N. (2015). A lógica do cisne negro: o impacto do altamente improvável e Kahneman, D. (2012). Rápido e devagar: duas formas de pensar.