Home office: mesmo com bons resultados, sua continuidade ainda é algo incerto.

Home office: mesmo com bons resultados, sua continuidade ainda é algo incerto.

Com a chegada do isolamento social, muitas empresas tiveram que adotar o home office. Para muitas, os resultados obtidos foram muito bons, para outras, nem tanto. É sobre esses aspectos e o futuro desse modelo que vamos falar nesse texto.

Como todos sabem, devido à pandemia que estamos enfrentando em 2020, a rotina de todas as pessoas, instituições e empresas mudaram. Nessa última, por exemplo, há as que estão recebendo seus colaboradores em seu ambiente de trabalho presencial, seguindo as normal da OMS, há as que estão em home office desde o início do isolamento e há as que estão flexibilizando essa situação, sendo parte presencial e parte não.

 

Porém, com as pesquisas realizadas ultimamente, as organizações e seus funcionários se mostraram satisfeitos com os resultados obtidos durante a prática do home office, o que mostra a possibilidade, não tão distante, desse modelo se tornar uma constante na vida empresarial daqui para frente.

 

O que pensam os envolvidos e as vantagens do modelo

No que diz respeito ao posicionamento das organizações em relação a isso, uma pesquisa realizada pela Talenses Group, especializada no recrutamento de profissionais, em parceria com a Fundação Dom Cabral, onde 375 organizações fizeram parte, mostra que 30% das empresas tiveram dificuldade em implantar o home office. Porém, devido aos resultados alcançados até o momento, 70% delas esperam a continuação do trabalho remoto, de forma parcial ou integralmente, após o isolamento.

 

De acordo com uma pesquisa feita pela Robert Half, uma renomada empresa de consultoria em recursos humanos, onde foram entrevistadas mais de 800 , 25% disseram se sentir mais confortável ao usar a tecnologia, 49% alega que o equilíbrio pessoal e profissional melhorou muito sem a necessidade de se deslocar e 67% considera possível realizar o seu trabalho de casa.

 

Como citado anteriormente, os números obtidos com a implantação, mesmo que temporária do home office, são muito consideráveis: a produtividade do funcionário aumento de 15% a 30% nesse período, além de não ser necessário o gasto com espaço físico, visto que as pessoas estarão trabalhando de casa.

 

A partir desses números mostrados na pesquisa, pode se dizer que, para a maioria dos colaboradores, esse modelo de home office vem dando muito certo, tanto em questão do trabalho, quando familiar e pessoal. Sendo assim, sustenta uma alegação de possível melhora de produção e na saúde mental do trabalhador, motivos extremamente válidos para se considerar essa política.

 
 

Pontos negativos do trabalho remoto

Entretanto, mesmo com todos esses pontos positivos, a maioria das empresas (70%) planejam encerrar essa política ou reduzi-la a menos de 30% dos colaboradores quando o isolamento social acabar, de acordo com a pesquisa feita pela Fundação Instituto de Administração (FIA).

 

Para os colaboradores, mesmo que para grande parte o regime de home office seja vantajoso, há algumas questões problemáticas nessa prática. Por exemplo, mesmo que haja um aumento na produtividade, visto a não perda de tempo com descolocamento e a possibilidade de flexibilização/melhor organização, pode haver também a falta de cuidado com o controle da quantidade de horas de trabalho, por isso, muitas vezes o colaborador acabar trabalhando mais horas do que no escritório.

 
 

Conclusão

Logo, conclui-se que, o trabalho em home office, como temos agora, foi algo forçado, de “última hora”, devido a chegada da pandemia. Ou seja, não é algo que vem sendo estruturado, a maioria das empresas e funcionários não estavam preparados para isso (não tinham, por exemplo, equipamento ou local adequado para trabalhar em casa).

 

Portanto, mesmo que para alguns esse modelo esteja sendo muito benéfico, tanto em relação a produtividade, quanto a gasto e equilíbrio família-trabalho, a tendência é que ele não seja aplicado em massa pelo país.

 
 

Texto escrito por Hélcio Moreira

Diretor de Marketing da RH Jr.